Essa coluna trará curiosidades e informações sobre saúde.

Saúde que é um dos direitos fundamentais do ser humano. Muito mais do que a ausência de doenças, ela pode ser definida como qualidade de vida.
Nossa saúde depende de muitas coisas, como, por exemplo, das condições sociais, históricas, econômicas e ambientais em que vivemos, e de escolhas que fazemos no nosso dia-a-dia.

Espero muito que gostem!

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O café na gestação é seguro com moderação!

Um artigo recente publicado on line pela revista americana "American Journal of Obstetrics and Gynecology coordenado pelo médico De-Kun Li, ginecologista da Divisão de Pesquisa da Kaiser Permanente, em Oakland, Califórnia (Estados Unidos) informa que tomar CAFEÍNA em qualquer bebida desde o café, refrigerantes, chá e chocolate durante a gravidez dobra o risco de aborto. Por razões desconhecidas a culpa maior ficou com o café.

Segundo a pesquisa, o consumo de cafeína em bebidas naturais ou artificiais, inclusive de forma moderada, aumenta o risco de aborto, principalmente nos primeiros meses de gestação.

O autor afirma que a ingestão de 200 miligramas de cafeína - duas xícaras de café - pode dobrar o risco de aborto nas primeiras semanas de gravidez. Ele afirma que as mulheres grávidas deveriam não tomar café pelo menos nos três ou quatro primeiros meses de gravidez.

O estudo de Li, realizado com mais de mil gestantes que estavam, em média, na décima semana de gravidez, consistia em perguntar às participantes a quantidade de cafeína que elas ingeriam diariamente.

Segundo o especialista, 12,5% das mulheres que não consumiam cafeína sofreram aborto espontâneo, enquanto que entre as grávidas que ingeriram 200 miligramas por dia as interrupções de gravidez chegaram a 24,5%.

Li afirma que os resultados da pesquisa devem ser avaliados com cuidado, mesmo que para ele seja evidente o risco de uma grávida ingerir cafeína em excesso.

O estudo de Li não foi aceito sem críticas mesmo nos Estados Unidos e não deixa de ser controverso e mesmo contraria outros estudos mais bem feitos tanto nos Estados Unidos como na Inglaterra.

O Prof. Dr Alan Leviton, da Universidade de Harvard, revisou o estudo e disse que: "Dentre as mulheres que participaram do estudo, 59 por cento eram classificadas como já tendo apresentado um aborto antes do início do estudo".

A Food and Drug Administration do governo americano já classificou a cafeína como uma substância reconhecidamente segura - Generally Recognized as Safe (GRAS) – para gestantes e não a inclui na lista de substâncias não recomendadas para uso ou consumo por gestantes, conforme pode ser visto nas Tabelas 2,3 e 4 no site http://www.cafeesaude.com.br/cafeesaude/gestacao_completo.htm.

A Organização Internacional de Especialistas em Teratologia (Organization of Teratology Information Specialists, OTIS) informa no seu website http://www.otispregnancy.org/pdf/caffeine.pdf que ainda não foi confirmado que a cafeína cause aborto em quantidades pequenas ou moderadas de até 300 mg diários.

O aborto é um problema comum e alguns estudos sugerem um maior risco quando a gestante consumir mais de 300 mg diários de cafeína, sendo o risco maior em combinação com tabaco e álcool, algo comum entre muitas gestantes. O risco é maior com um consumo muito elevado de cafeína de 800 mg diários.

A cafeína é a substância química mais estudada em toda a história da Medicina, desde sua descoberta em 1820. Nenhuma outra substância possui tantos artigos científicos como a cafeína, sendo a grande maioria considerando-a uma vilã, particularmente (e equivocadamente) a cafeína presente no café.

Um litro de refrigerante tipo Cola possui o mesmo teor de cafeína de 3 a 4 xícaras grandes de café. Centenas de trabalhos foram publicados atribuindo à cafeína efeitos como teratogênicos, indutor de parto prematuro, recém-nascido de baixo peso e aborto.

A relação entre a cafeína (de várias bebidas incluindo o café, segundo os artigos) e o risco de anomalias reprodutivas sobre o ser humano tem sido periodicamente publicadas e revisadas. Alguns estudos avaliam o consumo de café outros de cafeína.

Mas poucos citam o teor final da cafeína no café ou isolada, nem os outros compostos presentes no café, como os antioxidantes ácidos clorogênicos e seus derivados que até protegem dos efeitos da cafeína.

Dica: Tome Café Brasileiro...É mais gostoso!!!!!

Muitas emoções podem causar doenças

Freud, o pai da psicanálise moderna, já dizia que “toda enfermidade é intencional”.

Ele acreditava que até 1/3 da população humana desenvolvia sintomas e doenças de modo a chamar  atenção do próximo ou para exteriorizar suas dificuldades emocionais.

Entretanto, explicava o mesmo, tal medida, ao invés de ajudar, normalmente provocava prejuízos nos relacionamentos, na vida pessoal e em rotinas de vida.

Ou seja, essa “transferência” do estresse emocional para o físico, principalmente por transtornos de ansiedade e frustrações, causava bastante sofrimento ao indivíduo e aos seus.

Por exemplo: gastrite nervosa às vésperas do vestibular, febre em crianças após crises de ciúmes, pânico após um assalto à mão armada, entre outros.

Considerando a base emocional destas doenças, e uma vez visitando um médico atencioso, o mesmo situará os sintomas no tempo, possíveis associações com fatores desencadeantes dos mesmos, podendo fazer um diagnóstico preciso e tratar o paciente física e emocionalmente, inclusive indicando medicamentos e terapias.

Assim, o “médico de corpo e de alma” trata a mente que engana o corpo, e trata o corpo que sofre com a mente. Por isso, Maimônides, grande médico do século 12, já dizia:

“Nos primeiros 10 minutos de consulta, examine os órgãos, auscute-os. E nos demais 50 minuntos da consulta, escute a alma.”

Concluindo, o sofrimento humano tem raízes profundas no emocional, e muitos são os sintomas da atualidade.

Cuide-se, pratique higiene mental, exercite-se regularmente e, na persistência de sintomas que lhe causem sofrimento, procure rapidamente por especialistas.