“Porque que eu fiz isso?! Eu não queria fazer!”, “eu sei que não adianta me sentir mal, mas não consigo me sentir bem!”, “eu sei que tudo isso é passado, mas eu não consigo esquecer!!”, “na teoria eu sei, mas na hora de fazer…”.
Frases como essas são comuns no dia a dia, demonstram a dificuldade do ser humano em ser coerente com seus objetivos e encontrar alternativas para melhorar suas vidas. Algo que não depende simplesmente da vontade, revela uma divisão física em nosso cérebro.
O cérebro é um órgão dividido entre hemisférios direito e esquerdo: no direito predominam o comando das nossas emoções e potencial artístico, no esquerdo, as conexões que regulam nossa capacidade racional e lógica.
Outra divisão importante vem da nossa evolução animal, de forma simplificada podemos dizer que temos: um cérebro instintivo (reptiliano), um cérebro emocional (mamífero) e um cérebro humano que pensa fala e utiliza-se de instrumentos.
Tais diferenças dificultam a fluência entre razão, emoção e ação. Também dificultam a “digestão” das experiências que vivemos.
O avanço das neurociências tem trazido ferramentas que promovem melhor integração entre regiões do cérebro. Uma delas é o EMDR, técnica psicoterapêutica que promove uma “conversa” entre as divisões cerebrais promovendo alinhamento entre razão e emoção e a “digestão de sintomas traumáticos”.
EMDR significa Eye Movement Desensitization and Reprocessing: Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares. Foi descoberto pela pesquisadora americana Francine Shapiro, Ph.D. no final da década de 80.
A cada dia cresce o número de estudos científicos assegurando a eficácia do tratamento e manutenção dos resultados.
O EMDR estimula um sistema natural do nosso corpo, o Sistema de Processamento de Informação e Adaptação, promovendo aumento de fluxo de energia entre os “diferentes cérebros” e seus hemisférios: um verdadeiro instinto de cura.
Os pacientes costumam dizer que se sentem destravados, que seus sentimentos negativos e sintomas “vão embora” e que passam a fazer o que desejam sem esforço exagerado, sem peso.
Como o EMDR é aplicado?
Perguntas que ativam diferentes regiões cerebrais seguidas de estimulação bilateral dos hemisférios cerebrais. A estimulação bilateral pode ser por meio dos movimentos oculares, sons e toques alternados. Em todo o processo o paciente fica consciente.
É uma técnica simples que estimula a dessensibilização daquilo que incomoda, colocando-nos em um estado mais saudável no qual razão, emoção e ação estão mais alinhadas.
Indicações
O uso do EMDR é amplo: ansiedade, fobias, depressão, pânico, somatizações, estrés pós traumático, otimização do desempenho profissional, sexual, esportivo, criativo…
Vantagens
Rastreamento – podemos não saber exatamente qual é o trauma, mas quando o sistema de processamento de informação e adaptação cerebral é estimulado pelo EMDR o problema é rastreado. Há um verdadeiro instinto para a cura.
Exposição reduzida – muitas vezes o paciente está cansado de falar sobre o que aconteceu ou tem vergonha. A fala necessária no EMDR é reduzida. O importante é processar.
Fisiologia – o paciente não apenas pensa mas sente a melhora. O EMDR é um processo fisiológico de coerência e harmonia interna do corpo e entre o corpo e o meio ambiente.
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